Saímos super cedo de Maputo, às 5 da manhã já estávamos no ferry-boat para passar para Catembe, margem oposta à cidade de Maputo. Quando chegámos ao outro lado tínhamos um chapa 4x4 à nossa espera. Não nos deixemos iludir por ser um chapa 4x4 na realidade é um chapa como os outros mas com tracção e uns pneus ligeiramente maiores. E bem foi preciso tivemos um caminho pela frente lindo de morrer mas agreste. Aliás caminho é mesmo a melhor descrição porque não havia estrada havia apenas uns trilhos no meio do mato ou da areia pelo qual nos seguimos a toda a velocidade. Com a neblina ainda a levantar vimos paisagens arenosas e montanhosas lindíssimas. Terra vermelha, areia branca, montes e planaltos - lindo…
A Ponta d’Ouro é a zona de costa e praia mais a sul de Moçambique apenas 8km de África do Sul. Não tem estradas, mas tem caminhos de areia e que só as vezes conseguimos passar. É povoado maioritariamente por sul-africanos, querem pagamentos em rands(e não meticais) e falam mais inglês que português, é mesmo estranho!
Ficamos a acampanhar num lodge de um jovem meio americano meio alemão muito simpático. A WC era ao ar livre e alguns chuveiros também! (ver fotos!) Muito reggae peace and love, de rir!
O Sábado passou-se todo na praia a dormir. Claro que à noite estávamos todos queimados, de rir! Fomos jantar e depois sair com os bifes de cá (que como era fim de semana prolongado em Africa do Sul invadiram isto) e com os locais na discoteca Pinto’s. Foi de rir… um contraste engraçadíssimo. Estava ainda assim super cansada e portanto fui cedo para a tenda. De notar mesmo nesta noite, foi o episódio que passo a contar: O dono do lodge levou-nos até ao restaurante no seu jipe para jantar. Eu e a Ana íamos penduradas na barra lateral de entrada do jipe agarradas em nada basicamente (vejam as fotografias). Bem e sem saber bem como aguentei-me durante um tempo ali no meio das dunas até que caí. Não deu sequer para o susto porque ele ia devagar mas foi hilariante. Estava eu a comentar com outros que “não tenho onde me agarrar”, “eu vou cair” e pumba de rabo no meio do chão! Lá fui jantar cheia de areia.
No Domingo mais um pouco de praia e depois agarrem-se os invejosos fui nadar com os golfinhos! Saímos de barco de borracha após um pequeno briefing para o largo da costa onde os golfinhos andavam. Não deu para tirar nenhuma foto o barco abanava imenso não podia ter a máquina comigo. Com barbatanas, óculos e tubo para respirar íamo-nos prepara ando em grupos e o chefe do grupo lá nos deixava no meio de 20 golfinhos para nadar com eles. O meu primeiro mergulho foi péssimo, stressei com a respiração e não vi nada, mas o segundo foi óptimo. Estava mais descontraída e vi aí uns 7 golfinhos a uns metros de mim. Claro que fui sem óculos o que não ajuda mas foi engraçado. Fui quem menos gostou do grupo mas muito devido ao facto de ver mal ao longe e não saber nadar com barbatanas e afins. Na realidade só se aprende a nadar com os golfinhos passado um tempo, á primeira é tudo muito rápido mas se me perguntarem se voltaria a repetir nos próximos tempos acho que não. Talvez daqui a uns anos conforme a situação!
Bom, depois de algum enjoo marítimo (que quase todos sentimos porque o mar estava agitadíssimo) partimos de novo para Maputo. O motorista veio a acelerar que nem um doido no chapa cheio de gente (demos boleia a mais um casal de holandeses!) à noite naqueles pseudo caminhos. Bem as vezes foi assustador – travava porque havia buracos ou pessoas a aparecer do nada, sinistro!
Foi um óptimo fim-de-semana quanto mais não seja por termos feito praia. As praias são bonitas mas já é muito comercial para os sul-africanos o que irrita um pouco. Mas pelo caminho, o campismo, os golfinhos valeu muito a pena.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
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