quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Como se fala por cá...

A construção frásica deles é muito engraçada passo a citar as frases mais frequentes:

- “Há-de vir…”, “Há-de ser…”, “Há-de dar…” vem muito de encontro á velocidade muito própria que o tempo tem por cá. Presa não há nem pode haver para nada, as velocidades que aqui se conhecem são o lento e muito lento. Acreditem ou não isso depois reflecte-se em mais qualidade de vida nesse aspecto…

- “Não tem problema…” é frequente eu perguntar seja o que for que mereça resposta concreta e no entanto ouvir isto. Não sei se é na tal lógica de agradar ou se é porque não entendem o que digo mas nunca nada tem problema

- “Tou a pedir….” Antes de qualquer pedido eles dizem isto. É um pouco como o ? do espanhoís antes das perguntas para anunciar o pedido é de rir… “Estou a pedir informação de como ir para ali… Estou a pedir que me traga o troco…. Estou a pedir a conta, etc…”

- E como usam o estou a pedir também anunciam estou a perguntar, estou a dizer, estou a informar, estou a fazer e só entaão a escriçao do que fazem!

- Issh oyê é tipo uma exclamação que eles fazem de espanto

- E depois têm imensas expressões de Changane (o que se fala no sul de Moz, especialmente na província de Maputo) que misturam no português.

- Há muitas mais frases carismáticas mas para já é o que me recordo!

Regra de ouro é falar devagar para que nos entendam e convêm sempre repetir duas vezes (ou mais) a mesma questão mas de maneira diferente porque podemos obter várias respostas. Nem sempre é fácil depois avaliar qual é a resposta mesmo mas é normal… se formos a ver o Português é a língua materna para muito poucos! Embora seja o que aprendem na escola, em casa falam dialectos!

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