Esta semana teve de tudo um pouco... misto de felicidade, tristeza e saudade...
O Sérgio, coordenador, foi embora para Lisboa na terça-feira deixando cá a Mariana Dias (que chegou à duas semanas) para coordenar. Na segunda-feira à noite preparamos-lhe uma surpresa: grande jantar onde passaram fotografias e vídeos que fizemos para ele. Não chegaram a haver lágrimas entre o grupo mas bem podia…
A realidade é que independentemente da festa já sinto que ganhei uma rotina cá, o que é bom e mau ao mesmo tempo. Tenho finalmente tempo para dormir, actualizar registos de aulas, corrigir trabalhos, descansar embora ainda só estejamos a meio tempo já sinto alguma pena de estar a acabar.
Mas por outro lado, ontem falei com a Mati e fiquei com imensas saudades. A minha princesa fala tão bem!
As aulas estão a correr de vento em poupa, embora seja cansativo chegar 3 dias por semana às 20h00 a casa, tem compensado o esforço. São raros os dias em que tenho as aulas totalmente preparadas com antecedência de um dia mas hoje assim foi. Tive agora Economia e vou dar agora Inglês! Por já ter a aula preparada pude dormir até tarde, há quanto tempo já não fazia isso, soube-me super bem!
Ontem comemos finalmente peixinho em casa, óptimo, 2 grandes peixes de 6 a 7 kg, não imaginam o bem que me souberam! Já parece realmente uma casa de família...
Bem tenho que ir dar aula, ainda vos queria contar do orfanato mas não sei se tenho tempo.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Internet em casa presa por detalhes
Como aqui em casa dizíamos a Internet em casa estava presa por detalhes. A Visabeira é que nos patrocina, embora tenha demorado já aqui está. Mas ainda assim não é fácil… não é wireless para já então andamos 15 a volta de um cabo! De rir… Vamos resolver o nosso problema criando uma rede ad-hoc entre nós mas ainda não solucionamos bem como. Esperem notícias minhas, quando estiver a dar bem passarei aqui a vida a por posts.
Vou à Suazilândia
Este fim-de-semana, todos os voluntários e coordenadora sem excepção vão se aventurar no pequeno país da Suazilândia. Vamos a um festival o Bush-Fire. Acho que é um festival de reggae. Para mais informação sobre o festival vão a este link www.bush-fire.com. Vamos acampar, ainda não sabemos é se será no recinto. A desculpa não é o festival mas sim o renovar dos vistos… Saímos sábado ás 5h30 da manhã de chapa. O Mikael, dinamarquês amigo do Diogo, e a Ana Frazão, medica amiga do PUMAP também vêm connosco! Depois conto como correu… Acho que vai estar um frio terrível e eu não tenho roupa, socorro
terça-feira, 28 de julho de 2009
Praia da Macaneta
No Domingo fomos passar o dia à praia da Macaneta. Fui eu, o Sérgio e a Ana. Só fomos os três porque éramos os únicos dispostos a ir de machibombo (autocarro). Mas porque no dia seguinte surgiu boleia para três com uns portugueses que conhecíamos, em vez de ir de transportes fomos de jipe particular. Foi um dia super bem passado!
A praia fica a uma hora mais ou menos de Maputo, e tivemos que passar um rio/lago com um batelão/plataforma/barco duvidosos. Depois de passar de barco atravessámos um verdadeiro rally de buracos e lama, muito giro. Do nada iam aparecendo crianças a “oferecer”vender bonecada feita de folhas de plantas – muito engenhoso!
Tivemos na praia, e depois almoçámos até às 16h30 caranguejo e camarão! Que vida boa esta de férias… também tem que ser não e?!
Fotografias paradisiacas!
A praia fica a uma hora mais ou menos de Maputo, e tivemos que passar um rio/lago com um batelão/plataforma/barco duvidosos. Depois de passar de barco atravessámos um verdadeiro rally de buracos e lama, muito giro. Do nada iam aparecendo crianças a “oferecer”vender bonecada feita de folhas de plantas – muito engenhoso!
Tivemos na praia, e depois almoçámos até às 16h30 caranguejo e camarão! Que vida boa esta de férias… também tem que ser não e?!
Fotografias paradisiacas!
Dia Cultural - Sábado passado
Museu de História Natural
Hoje depois da hora de almoço, isto é depois de acordar, fomos até ao Museu de História Natural de Maputo. Este museu existe desde os anos 30, até custa acreditar. A grande atracção do museu é os imensos animais selvagens embalsamados que se encontram em Moçambique. É muito curioso, porque as técnicas de embalsamar os animais nota-se que não são muito perfeitas, de qualquer modo o museu é muito bom, especialmente tendo em conta a quantidade de anos que tem. Mas claro não se deixem enganar pelo facto de ser um museu, também aqui as regras são muito peculiares! Pela primeira vez em muitos museus a que fui ultimamente pude fotografar livremente e até tocar nos animais em fotografias tontas no “meio da selva” porque só passado imenso tempo viria um suposto guarda dizer que não podíamos. De rir a confiança ou descuido (?) com que andamos livremente no museu. Alias numa outra zona de relíquias culturais podia pegar e trazer debaixo do braço o que quisesse. Mas o principio da confiança acho que vigora e tudo acaba por funcionar mais ou menos.
Fotografias aqui.
Teatro
Eram 17h55 quando decidimos ir ver a peça de teatro que começava as 18h00. Felizmente estávamos nas redondezas, corremos e lá chegamos a tempo. Aliás ainda esperamos uns 20 minutos porque não começou nada a tempo. Acho que é a única sala de teatro de Maputo, ou pelo menos a maior… de rir! O bilhete custou 100 meticais, sensivelmente 2,50 euros. O público era variadíssimo, desde bebés chorões recém nascidos a mais velhos.
O argumento da peça era um drama amoroso e familiar, com amantes, filhos bastardos, cunhados com cunhadas, namorados que são primos, traições, tudo um pouco mas contado com muito humor e interacção com o público! A história desenrolou-se após a morte do marido (amante, pai, tio, primo, cunhado, etc) que sofreu um “ataque cardíaco, embora não fosse branco”. Achei um comentário delicioso! Os actores eram todos negros excepto um branco que embora homem desempenhava o papel de mulher. O teatro foi muito engraçado, ou melhor a experiência é que o foi, mas durou 3 horas sem intervalo numas cadeiras um pouco ou tanto desconfortáveis. Enfim...O público e as suas reacções foram hilariantes. Durante o espectáculo atendiam telemóveis, saiam e entravam, batiam palmas, gritava, comentavam, uma feira!! Mas giro giro foi o sair da sala. Com as luzes acesas apercebemo-nos realmente das condições da sala! Cadeiras todas partidas, tecto todo arruinado, luzes fundidas, a confusão geral! Ando sempre com a máquina fotográfica mas infelizmente não a tinha para tirar a esta espectacular sala de espectáculo, foi pena!…
Hoje depois da hora de almoço, isto é depois de acordar, fomos até ao Museu de História Natural de Maputo. Este museu existe desde os anos 30, até custa acreditar. A grande atracção do museu é os imensos animais selvagens embalsamados que se encontram em Moçambique. É muito curioso, porque as técnicas de embalsamar os animais nota-se que não são muito perfeitas, de qualquer modo o museu é muito bom, especialmente tendo em conta a quantidade de anos que tem. Mas claro não se deixem enganar pelo facto de ser um museu, também aqui as regras são muito peculiares! Pela primeira vez em muitos museus a que fui ultimamente pude fotografar livremente e até tocar nos animais em fotografias tontas no “meio da selva” porque só passado imenso tempo viria um suposto guarda dizer que não podíamos. De rir a confiança ou descuido (?) com que andamos livremente no museu. Alias numa outra zona de relíquias culturais podia pegar e trazer debaixo do braço o que quisesse. Mas o principio da confiança acho que vigora e tudo acaba por funcionar mais ou menos.
Fotografias aqui.
Teatro
Eram 17h55 quando decidimos ir ver a peça de teatro que começava as 18h00. Felizmente estávamos nas redondezas, corremos e lá chegamos a tempo. Aliás ainda esperamos uns 20 minutos porque não começou nada a tempo. Acho que é a única sala de teatro de Maputo, ou pelo menos a maior… de rir! O bilhete custou 100 meticais, sensivelmente 2,50 euros. O público era variadíssimo, desde bebés chorões recém nascidos a mais velhos.
O argumento da peça era um drama amoroso e familiar, com amantes, filhos bastardos, cunhados com cunhadas, namorados que são primos, traições, tudo um pouco mas contado com muito humor e interacção com o público! A história desenrolou-se após a morte do marido (amante, pai, tio, primo, cunhado, etc) que sofreu um “ataque cardíaco, embora não fosse branco”. Achei um comentário delicioso! Os actores eram todos negros excepto um branco que embora homem desempenhava o papel de mulher. O teatro foi muito engraçado, ou melhor a experiência é que o foi, mas durou 3 horas sem intervalo numas cadeiras um pouco ou tanto desconfortáveis. Enfim...O público e as suas reacções foram hilariantes. Durante o espectáculo atendiam telemóveis, saiam e entravam, batiam palmas, gritava, comentavam, uma feira!! Mas giro giro foi o sair da sala. Com as luzes acesas apercebemo-nos realmente das condições da sala! Cadeiras todas partidas, tecto todo arruinado, luzes fundidas, a confusão geral! Ando sempre com a máquina fotográfica mas infelizmente não a tinha para tirar a esta espectacular sala de espectáculo, foi pena!…
Paparazzi
Aqui em casa esta é uma das minhas alcunhas: paparazzi. Passo a vida a tirar fotografias a todos e todas, não há momentos que me escapem! Claro está que sou um pouco praga, só para terem uma ideia numa noite no Gil Vicente (o bar de karaoke das terças feiras) consegui tirar na primeira noite que saímos todos juntos 200 fotografias!! Um perfeito exagero! Ando doida, mas a realidade é que puxam por mim. Muitas vezes vociferam que não largo a câmara, mas depois também passam a vida a fazer figuras para ver se eu lhes tiro fotografias. Ás vezes nem sei para onde me virar, está tudo a gritar “Mariana, Mi, aqui, ali, tira mais uma, etc…” é de rir. Embora todos saibamos que tiro demais a realidade é que todos adoram que eu o faça. Assim os outros não têm que tirar, eles ficam com boas memórias e com tudo organizado e é garantido a diversão ao ver as fotografias depois de descarregadas no computador!
A semana passada (4ª semana)
Bem esta última semana negligenciei o blog, não foi?! Sabem que o facto de não ter Internet em casa não ajuda! Mas ainda assim há coisas que vos gostava de contar:
Orfanato - as crianças começam a chamar-me Tia Mariana, é muito bom! Eles normalmente chamam’ titia’ ou ‘mamã’ mas já começam a saber o meu nome e reconfortante. O nosso trabalho lá não é nada fácil! Temos crianças com deficiências, outros que sabem ler e escrever e já andaram na escola, outros que não e estão só um pouco traumatizados e devemos orientar actividades para todos estes. É complicado separá-los, também somos poucos mas vamos tentando para conseguirmos fazer alguma coisa. Eles adoram escrever nos livros, mesmo sem saberem o quê, só o facto de terem caneta e caderno é uma alegria. É muito cansativo ir para lá, tanto fisicamente como psicologicamente, mas é o que é!
ET – As aulas de inglês de gramática não correram lá muito bem, eu não gosto nada daquilo portanto não é fácil, mas de resto estou a adorar. Gosto imenso da satisfação com que saiu da aula. Dá-me prazer dar as aulas de economia e as aulas de inglês de vocabulário!
Outros – Esta semana o meu irmão fez anos (e o Zé, outro voluntário amigo que está cá em Moz também). Tenho algumas saudades confesso, mas a realidade é que temos pouco tempo para estar quietos, e o tempo passa a voar. Já cá estou há algum tempo e parece que foi ontem que cheguei!
Para verem mais algumas fotografias click aqui.
Orfanato - as crianças começam a chamar-me Tia Mariana, é muito bom! Eles normalmente chamam’ titia’ ou ‘mamã’ mas já começam a saber o meu nome e reconfortante. O nosso trabalho lá não é nada fácil! Temos crianças com deficiências, outros que sabem ler e escrever e já andaram na escola, outros que não e estão só um pouco traumatizados e devemos orientar actividades para todos estes. É complicado separá-los, também somos poucos mas vamos tentando para conseguirmos fazer alguma coisa. Eles adoram escrever nos livros, mesmo sem saberem o quê, só o facto de terem caneta e caderno é uma alegria. É muito cansativo ir para lá, tanto fisicamente como psicologicamente, mas é o que é!
ET – As aulas de inglês de gramática não correram lá muito bem, eu não gosto nada daquilo portanto não é fácil, mas de resto estou a adorar. Gosto imenso da satisfação com que saiu da aula. Dá-me prazer dar as aulas de economia e as aulas de inglês de vocabulário!
Outros – Esta semana o meu irmão fez anos (e o Zé, outro voluntário amigo que está cá em Moz também). Tenho algumas saudades confesso, mas a realidade é que temos pouco tempo para estar quietos, e o tempo passa a voar. Já cá estou há algum tempo e parece que foi ontem que cheguei!
Para verem mais algumas fotografias click aqui.
terça-feira, 21 de julho de 2009
Fotografias
Eis o link das fotografias já actualizadas...
FOTOS: http://picasaweb.google.pt/mariana.torgal
FOTOS: http://picasaweb.google.pt/mariana.torgal
Fim de Semana em Inhaca
Este fim-de-semana aproveitámos novamente para sair de Maputo e ir conhecer Inhaca. Inhaca é uma ilha em frente a Maputo, a duas horas de barco.
Saímos bem cedo de manhã… Chegados à ilha, uns fiscais queriam nos cobrar 200 meticais para preservar o património. Nós demos-lhes as voltas á cabeça e explicámos o projecto e acabámos por pagar 200 pelo grupo todo – como já tinha dito tudo se negoceia.
Ficámos alojados no Centro de Investigação Marinha da Universidade Eduardo Mondlane (onde damos aulas em Maputo) numa camarata junto à praia. O dia foi mais ou menos aproveitado, porque só chegámos à praia depois de almoço e fica noite as 16h (é mesmo esquisito isso como já vos tinha dito!). Assim que a noite se pôs, e após os banhos tomados fizemos das caminhadas mais extraordinárias de sempre. Extraordinário porque vi um céu estrelado como raramente irei encontrar. Fomos pela praia do centro até à vila, quase uma hora a pé, onde não havia luz eléctrica nenhuma a não ser da cidade de Maputo lá longe no horizonte e das nossas lanternas, a que recorríamos de vez em quando. Depois de 10 min a pé víamos tudo mais que bem e tantas tantas estrelas, foi mágico! A passear à beira mar, tivemos tempo de conversar, pensar, repensar e viver. Claro que até o facto de vermos Maputo era reconfortante, porque embora numa ilha quase deserta todos gostamos de manter alguma ligação com a cidade.
Jantamos marisco pois claro, e regressamos quase à meia-noite outra vez pela praia. Domingo foi dia de praia e regressámos a Maputo na proa do barco ás 15h30…
As fotografias serão em breve actualizadas. Click aqui para aceder ao link: fotografias
Saímos bem cedo de manhã… Chegados à ilha, uns fiscais queriam nos cobrar 200 meticais para preservar o património. Nós demos-lhes as voltas á cabeça e explicámos o projecto e acabámos por pagar 200 pelo grupo todo – como já tinha dito tudo se negoceia.
Ficámos alojados no Centro de Investigação Marinha da Universidade Eduardo Mondlane (onde damos aulas em Maputo) numa camarata junto à praia. O dia foi mais ou menos aproveitado, porque só chegámos à praia depois de almoço e fica noite as 16h (é mesmo esquisito isso como já vos tinha dito!). Assim que a noite se pôs, e após os banhos tomados fizemos das caminhadas mais extraordinárias de sempre. Extraordinário porque vi um céu estrelado como raramente irei encontrar. Fomos pela praia do centro até à vila, quase uma hora a pé, onde não havia luz eléctrica nenhuma a não ser da cidade de Maputo lá longe no horizonte e das nossas lanternas, a que recorríamos de vez em quando. Depois de 10 min a pé víamos tudo mais que bem e tantas tantas estrelas, foi mágico! A passear à beira mar, tivemos tempo de conversar, pensar, repensar e viver. Claro que até o facto de vermos Maputo era reconfortante, porque embora numa ilha quase deserta todos gostamos de manter alguma ligação com a cidade.
Jantamos marisco pois claro, e regressamos quase à meia-noite outra vez pela praia. Domingo foi dia de praia e regressámos a Maputo na proa do barco ás 15h30…
As fotografias serão em breve actualizadas. Click aqui para aceder ao link: fotografias
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Comércio
Para matar a curiosidade de alguns…
Acabe-se com o mito de que cá não se encontra certos tipos de bens, a realidade é que nos supermercados têm tudo idêntico a nós. Bem na realidade não é fácil encontrar talhos e peixarias, confesso que nem me preocupo pois não tratei ainda desse departamento. Mas a nível de produtos de higiene há de tudo, padaria, sumos, etc… Aliás o curioso mesmo são os cafés/pastelarias. O famoso Nautilus, Crystal, etc são pastelarias assustadoramente iguais ás nossas, quanto mais não seja pelo facto de a comunidade toda portuguesa se encontrar lá com os seus computadores a comer pastéis de nata e a beber café Delta (é o que há!)
Farmácias já conheço aí umas 5, não faço ideia é de preços e se é fácil encontrar os medicamentos que procuramos ou não.
Realmente diferente é o facto de não haver comércio de lojas! Há imenso comércio mas é tudo à base de vendas de rua tipo feira ao longo dos passeios esburacados. Por exemplo sapatos encontram-se facilmente pares usados ou novos alinhados no passeio que ficando a olhar mais de 1 minuto aparece logo o respectivo vendedor. Também já vi alfaiates na rua, roupa, dvds, tudo. O mais frequente claro é ver mercearias com fruta, doces, tabaco e mcell (a rede telefónica mais usada cá do sítio, só há duas a Vodacom e a Mcell)
Depois o que há são mercados que são as dita sub cidades de que já falei noutros posts.
A realidade é que Maputo ganha vida e cor com os vendedores de rua, e as negociações. A cidade tem charme não pela arquitectura mas pela organização das grandes avenidas e as pessoas que nela habitam.
Acabe-se com o mito de que cá não se encontra certos tipos de bens, a realidade é que nos supermercados têm tudo idêntico a nós. Bem na realidade não é fácil encontrar talhos e peixarias, confesso que nem me preocupo pois não tratei ainda desse departamento. Mas a nível de produtos de higiene há de tudo, padaria, sumos, etc… Aliás o curioso mesmo são os cafés/pastelarias. O famoso Nautilus, Crystal, etc são pastelarias assustadoramente iguais ás nossas, quanto mais não seja pelo facto de a comunidade toda portuguesa se encontrar lá com os seus computadores a comer pastéis de nata e a beber café Delta (é o que há!)
Farmácias já conheço aí umas 5, não faço ideia é de preços e se é fácil encontrar os medicamentos que procuramos ou não.
Realmente diferente é o facto de não haver comércio de lojas! Há imenso comércio mas é tudo à base de vendas de rua tipo feira ao longo dos passeios esburacados. Por exemplo sapatos encontram-se facilmente pares usados ou novos alinhados no passeio que ficando a olhar mais de 1 minuto aparece logo o respectivo vendedor. Também já vi alfaiates na rua, roupa, dvds, tudo. O mais frequente claro é ver mercearias com fruta, doces, tabaco e mcell (a rede telefónica mais usada cá do sítio, só há duas a Vodacom e a Mcell)
Depois o que há são mercados que são as dita sub cidades de que já falei noutros posts.
A realidade é que Maputo ganha vida e cor com os vendedores de rua, e as negociações. A cidade tem charme não pela arquitectura mas pela organização das grandes avenidas e as pessoas que nela habitam.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Fotografias da Primeira Semana
Ora não sei bem ainda como mas consegui criar um album online. Acho que está a funcionar. são fotografias da primeira semana. Se conseguirem ver óptimo começo a por as outras...
Vão a http://picasaweb.google.pt/mariana.torgal/PrimeiraSemana?authkey=Gv1sRgCKrmmpzbwuODRA#
Vão a http://picasaweb.google.pt/mariana.torgal/PrimeiraSemana?authkey=Gv1sRgCKrmmpzbwuODRA#
Blog geral do PUMAP
Para quem quiser saber mais andamos todos juntos a escrever no blog geral do PUMAP. Tem coisas mais sérias e coisas menos sérias, dêem uma vista de olhos.
http://www.pumap.blogspot.com/
Beijo
http://www.pumap.blogspot.com/
Beijo
Fim-de-Semana no Bilene
Bilene, praia, fica a cerca de 140 km a norte de Maputo. É uma pequena vila junto à lagoa Uembje. Esta lagoa é de água salgada pois algumas vezes por ano entra água do mar por uma zona mais estreita.
Saímos bem cedo de manhã todos amontoados no meio de sacos de cama e mochilas ainda o sol não tinha despertado. Todos meios ensonados vimos os arredores de Maputo acordar. A extensão de barracal na periferia de Maputo é impressionante. Vê-se muita gente e muito comércio (entenda-se comércio por feiras e vendas de fruta junto à estrada).
Mais uma vez de carro “privado”, mais uma operação stop para o policia pedir uns refrescos. Neste caso foram só 20 meticais, na primeira semana vi 200 a serem “usados” pelo André, certamente por ser branco.
Chegámos ao nosso destino perto das 10 ou assim, não sei precisar pois era tal a excitação! Depois de negociar as dormidas fomos logo para a praia. Podíamos ter acampado mas feitos tontos esquecemo-nos das tendas então dormimos em bangalows… A água na lagoa é super transparente, a temperatura é óptima, mas o sol esteve fraquinho e com algum vento ficou desagradável. É mesmo estranho ficar noite as 5 da tarde, então num dia de praia em que a hora perigosa não é a que conhecemos, o sol não se põe na água e anoitece cedíssimo. É que o sol traz sombra quando se deita por causa das árvores junto à água, ou seja com o movimento exactamente oposto ao movimento em PT não resta muito areal ao sol.
À noite, já com banho tomado, encontrámo-nos com uns portugueses que conhecemos em Maputo que vivem e trabalham cá.
Na realidade nós já conhecemos uma grande “crew” de portugueses que ou estão cá com o INOV para estágios de 6 a 8 meses, ou gostaram tanto e ficaram. Encontramo-nos sempre nos mesmos sítios e começamos a marcar coisas juntos propositadamente. Tem o lado bom e mau.
Bom, …cada um pediu um prato e eu e mais quatro amigos partilhámos tuto, foi marisco até saciar. Quanto mais houvesse mais se comia na realidade mas gostei bastante. Por 7,50 EUROS (com bebida) provei peixe grelhado, comi lula grelhada, caranguejo frito e camarão. Que maravilha, estou rendida!
Para curtir fomos para a noite local… Todos em cima de um jipe-pickup só parámos já depois de passar o mato, numa rua de bares dos locais. Que giro, fomos ao país real! Fomos a verdadeira atracção da noite! Não ficámos muito tempo mas deu para tentar abanar o rabo como as negras de cá. Não é tarefa fácil, mas foi uma experiência giríssima. Sinto que aprendo todos os dias mais qualquer coisa!
No Domingo atravessámos de barco a lagoa para irmos para as praias no Índico. Lindo, azul, tempestuoso q.b…Levámos coisas típicas para petiscar e divertimo-nos imenso. Vimos baleias junta à costa, vimos tartarugas (lá longe, mas acredito que sim era aquilo a que me apontavam!), caranguejos, peixes… muito giro! Estava vento e fomos embora cedo, lá para as 15h30 porque fica desagradável mas valeu bem a pena. Que óptimo que é passear à beira mar, num mar novo!
Saímos bem cedo de manhã todos amontoados no meio de sacos de cama e mochilas ainda o sol não tinha despertado. Todos meios ensonados vimos os arredores de Maputo acordar. A extensão de barracal na periferia de Maputo é impressionante. Vê-se muita gente e muito comércio (entenda-se comércio por feiras e vendas de fruta junto à estrada).
Mais uma vez de carro “privado”, mais uma operação stop para o policia pedir uns refrescos. Neste caso foram só 20 meticais, na primeira semana vi 200 a serem “usados” pelo André, certamente por ser branco.
Chegámos ao nosso destino perto das 10 ou assim, não sei precisar pois era tal a excitação! Depois de negociar as dormidas fomos logo para a praia. Podíamos ter acampado mas feitos tontos esquecemo-nos das tendas então dormimos em bangalows… A água na lagoa é super transparente, a temperatura é óptima, mas o sol esteve fraquinho e com algum vento ficou desagradável. É mesmo estranho ficar noite as 5 da tarde, então num dia de praia em que a hora perigosa não é a que conhecemos, o sol não se põe na água e anoitece cedíssimo. É que o sol traz sombra quando se deita por causa das árvores junto à água, ou seja com o movimento exactamente oposto ao movimento em PT não resta muito areal ao sol.
À noite, já com banho tomado, encontrámo-nos com uns portugueses que conhecemos em Maputo que vivem e trabalham cá.
Na realidade nós já conhecemos uma grande “crew” de portugueses que ou estão cá com o INOV para estágios de 6 a 8 meses, ou gostaram tanto e ficaram. Encontramo-nos sempre nos mesmos sítios e começamos a marcar coisas juntos propositadamente. Tem o lado bom e mau.
Bom, …cada um pediu um prato e eu e mais quatro amigos partilhámos tuto, foi marisco até saciar. Quanto mais houvesse mais se comia na realidade mas gostei bastante. Por 7,50 EUROS (com bebida) provei peixe grelhado, comi lula grelhada, caranguejo frito e camarão. Que maravilha, estou rendida!
Para curtir fomos para a noite local… Todos em cima de um jipe-pickup só parámos já depois de passar o mato, numa rua de bares dos locais. Que giro, fomos ao país real! Fomos a verdadeira atracção da noite! Não ficámos muito tempo mas deu para tentar abanar o rabo como as negras de cá. Não é tarefa fácil, mas foi uma experiência giríssima. Sinto que aprendo todos os dias mais qualquer coisa!
No Domingo atravessámos de barco a lagoa para irmos para as praias no Índico. Lindo, azul, tempestuoso q.b…Levámos coisas típicas para petiscar e divertimo-nos imenso. Vimos baleias junta à costa, vimos tartarugas (lá longe, mas acredito que sim era aquilo a que me apontavam!), caranguejos, peixes… muito giro! Estava vento e fomos embora cedo, lá para as 15h30 porque fica desagradável mas valeu bem a pena. Que óptimo que é passear à beira mar, num mar novo!
Aulas de Inglês
Ora muito bem….
Já dei a primeira aula de Inglês. Não foi bem aula!... Eu distribui uns questionários que os obrigava a escrever para entender o nível e saber o que os motivava para se inscreverem naquele módulo.
Na realidade há quem saiba o que diz mas a grande maioria não. Foi hilariante ler alguns, com imensos erros e a fazer pouco ou nenhum sentido.
Vai ser uma tarefa duríssima! Não me tinham avisado ser tão difícil ensinar Inglês. Vamos indo vamos vendo. Vou fazer o meu melhor. Dou o programa e cada um vai às aulas que lhe interessa.
Já dei a primeira aula de Inglês. Não foi bem aula!... Eu distribui uns questionários que os obrigava a escrever para entender o nível e saber o que os motivava para se inscreverem naquele módulo.
Na realidade há quem saiba o que diz mas a grande maioria não. Foi hilariante ler alguns, com imensos erros e a fazer pouco ou nenhum sentido.
Vai ser uma tarefa duríssima! Não me tinham avisado ser tão difícil ensinar Inglês. Vamos indo vamos vendo. Vou fazer o meu melhor. Dou o programa e cada um vai às aulas que lhe interessa.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Primeiro dia de aulas
Economia.
Tinha 6 inscritos apareceram 4…. Comecei por subir a fasquia porque já todos tinham algumas noções de economia. Mas na realidade quando fiz uma ou duas perguntas básicas apercebi-me que me enganei. Vamos voltar ao plano A e ver no que dá. Acho que entretanto já tenho 10 inscritos… vejamos como vai ser.
Inglês.
Estava imensa gente na aula. Distribui questionários com o intuito de saber melhor o que esperam do curso e entender o nível de dificuldade a aplicar. Tenho agora ai uns 40 para ler.
Em suma gosto imenso de dar aulas, ou melhor de falar e de comunicar, será que o faço bem?! - o medo constante...
Ps. São agora 8pm e estamos alguns com Internet no pátio de um complexo da faculdade, todos dependentes da Internet até mais não
Tinha 6 inscritos apareceram 4…. Comecei por subir a fasquia porque já todos tinham algumas noções de economia. Mas na realidade quando fiz uma ou duas perguntas básicas apercebi-me que me enganei. Vamos voltar ao plano A e ver no que dá. Acho que entretanto já tenho 10 inscritos… vejamos como vai ser.
Inglês.
Estava imensa gente na aula. Distribui questionários com o intuito de saber melhor o que esperam do curso e entender o nível de dificuldade a aplicar. Tenho agora ai uns 40 para ler.
Em suma gosto imenso de dar aulas, ou melhor de falar e de comunicar, será que o faço bem?! - o medo constante...
Ps. São agora 8pm e estamos alguns com Internet no pátio de um complexo da faculdade, todos dependentes da Internet até mais não
Primeiro Fim-De-Semana Fora
Este fim-de-semana vamos de “chapa” = minibus até Bilene. De inicio só íamos ai uns 7 mas agora porque não será muito caro devemos ir todos. Saímos amanhã as 5.30 am. A viagem será longuíssima, cá é tudo longe de tudo…
quinta-feira, 9 de julho de 2009
O Nosso Trabalho
Bem uma semana e meia de preparativos e já está tudo a rolar...
Eis que vos vou dizer em que pé estamos quanto ao trabalho que vim para cá fazer,
Hoje foi o meu primeiro dia no orfanato. Estamos a colaborar com o orfanato 1º de Maio, que é uma instituição estatal que alberga crianças órfãs (como já dava para antecipar) e também outras mais velhinhas que serão realojadas se possível. Ainda estamos um pouco perdidos porque não estabelecemos ainda quais as actividades a desenvolver. Na realidade nós vínhamos para trabalhar com a Cruz Vermelha mas por falta de financiamento da CV não terão refeições para servir no centro de dia onde íamos trabalhar, e assim sendo as crianças não vão - ora não podíamos esperar lá ninguém. Fomos reencaminhados então para este orfanato. É muito agressivo, as crianças correm e agarram-se a nós com uma carência e comunicam muito pouco. Não têm nada para fazer, estão ali retidas numa casa (com óptimas condições aliás, ao menos isso!!) e não fazem ideia quais as suas idades. Enfim, hoje a situação mais complicada foi com uma criança que deu entrada ontem que tem malária e epilepsia. Teve um ataque e ninguém soube fazer nada, foi um momento chocante.
Quanto ao ET (Executive Training) não estão a aderir ao Seminário Economia, e tenho imensa gente em Inglês. Enfim tenho imensa pena porque eu propus-me mesmo era a dar Economia e Inglês seria só para fazer a vontade. Tenho amanhã as primeiras aulas, vamos ver como corre. Eu não tenho muita coisa preparada mas é apenas apresentação.
Eis que vos vou dizer em que pé estamos quanto ao trabalho que vim para cá fazer,
Hoje foi o meu primeiro dia no orfanato. Estamos a colaborar com o orfanato 1º de Maio, que é uma instituição estatal que alberga crianças órfãs (como já dava para antecipar) e também outras mais velhinhas que serão realojadas se possível. Ainda estamos um pouco perdidos porque não estabelecemos ainda quais as actividades a desenvolver. Na realidade nós vínhamos para trabalhar com a Cruz Vermelha mas por falta de financiamento da CV não terão refeições para servir no centro de dia onde íamos trabalhar, e assim sendo as crianças não vão - ora não podíamos esperar lá ninguém. Fomos reencaminhados então para este orfanato. É muito agressivo, as crianças correm e agarram-se a nós com uma carência e comunicam muito pouco. Não têm nada para fazer, estão ali retidas numa casa (com óptimas condições aliás, ao menos isso!!) e não fazem ideia quais as suas idades. Enfim, hoje a situação mais complicada foi com uma criança que deu entrada ontem que tem malária e epilepsia. Teve um ataque e ninguém soube fazer nada, foi um momento chocante.
Quanto ao ET (Executive Training) não estão a aderir ao Seminário Economia, e tenho imensa gente em Inglês. Enfim tenho imensa pena porque eu propus-me mesmo era a dar Economia e Inglês seria só para fazer a vontade. Tenho amanhã as primeiras aulas, vamos ver como corre. Eu não tenho muita coisa preparada mas é apenas apresentação.
Maputo Sub-Cidade
Ontem fomos almoçar ao mercado do museu. Ainda não tirei fotografias, porque cá deve-se evitar tirar fotografias aos locais sem lhes pedir autorização, mas ainda o hei-de fazer. Só então, quando conseguir publicar aqui algumas fotos vos vou conseguir realmente descrever o que são os barrancos, tipo sub-cidade dentro da cidade.
A realidade é que nós ainda não conhecemos os bairros profundos de Maputo, isto é o lado real pobre e cruel. Mas hoje mesmo perto de casa, fui finalmente comer num “diz que é uma espécie de restaurante” numa sub-cidade dentro da cidade. Passo a explicar:
Ruas estreitas, sujas, escuras, e de barracos onde encontramos desde uma esquadra de policia, cabeleireiro, costureiro, mercearia a restaurantes meio a céu aberto, mas no entanto escuro. Ocupa um ou dois quarteirões e perdemo-nos totalmente lá dentro. Muito peculiar, curioso, único!
Almocei super bem, uma massa com marisco (sim já estou rendida, pelo menos aos camarões!)
A realidade é que nós ainda não conhecemos os bairros profundos de Maputo, isto é o lado real pobre e cruel. Mas hoje mesmo perto de casa, fui finalmente comer num “diz que é uma espécie de restaurante” numa sub-cidade dentro da cidade. Passo a explicar:
Ruas estreitas, sujas, escuras, e de barracos onde encontramos desde uma esquadra de policia, cabeleireiro, costureiro, mercearia a restaurantes meio a céu aberto, mas no entanto escuro. Ocupa um ou dois quarteirões e perdemo-nos totalmente lá dentro. Muito peculiar, curioso, único!
Almocei super bem, uma massa com marisco (sim já estou rendida, pelo menos aos camarões!)
terça-feira, 7 de julho de 2009
Notas soltas de posts publicados com atraso
Como tenho andado a escrever os posts no computador mas não tenho publicado logo, estão meios desactualizados. No entanto aqui vão uns apanhados dos últimos. Não perceberão muito bem a ordem cronológica, mas são mais descritivos e não podiam faltar uma vez já escritos.
“Primeira manhã foi dormir até mais não depois demos uma volta nas avenidas principais, junto ao Polana (o hotel mais famoso 5 estrelas de Moz - que está em obras este Verão) Shopping.” 1º dia
“A cidade está toda esburacada é muito curioso. Explicou-me hoje o Sérgio por exemplo que as tampas de esgotos foram todas retiradas porque diziam Lourenço Marques e não foram repostas até agora. Está tudo bastante degradado, e há muito lixo pelo chão. Mas há uma magia claramente nisto tudo. As avenidas são grandes e arejadas, as pessoas juntam-se nas ruas, e o os vendedores de ruas alegram os espaços com todo o tipo de artesanatos, estatuetas, colares, brincos, capulanas, etc… Vou levar a mala cheia de coisas vai ser top.” 2º dia. Entretanto já comprei duas capulanas!!
“Já comprei cartão moçambicano no meio da rua com 5 vendedores à volta, é tudo negociável claro! Foi de rir. Entretanto também já o perdi, e pedi que o novo batalhão me trouxesse um desbloqueado e já comprei outro cartão, aliás bem mais barato. O primeiro paguei 90 meticais, agora este custou 50 meticais. Lá está tudo se negoceia!!” 1º dia revisto e actualizado hoje
“Ao Domingo a cidade pára, não há muito para ver.” domingo
“O mais engraçado é como se fazem todo o tipo de vendas no meio da rua. Em cima dos caixotes estão meia dúzia de coisas e se ficares a olhar uns segundos aparece logo o responsável para negociares.” 2º dia
“Na última semana já nos juntámos com uns portugueses de cá, e o relato das suas experiências cá é muito curioso porque já absorveram mesmo a “qualidade de vida” (ou o que eles acham ser…) e que inclui ter empregados, negociar tudo, ser considerados os maiores, vida social, etc… Muitas vezes já me pus a pensar que há um paradoxo. Cá reclamam muito que os líderes e o governo não gostam dos portugueses e que os querem fora mas embora isso seja verdade isso valida a sua arrogância em quase tudo, ora o que é causa ou é consequência, não sei distinguir muito bem. Mas uma coisa é certo eles adoram isto, mas a sua revolta é também muito grande, embora silenciada, senão as portas ficam abertas para o exterior” 2º dia actualizado hoje
“A última semana fomos sair todos os dias excepto domingo e segunda. O André levou-nos a jantar, e a conhecer imensos sítios diferentes. O Gil Vicente, o primeiro bar a que fomos foi muito engraçado porque enquanto a cidade parecia fantasma lá dentro havia karaoke, música ao vivo, uma animação que só visto. De rir… Quanto a bebidas, há sempre algum receio porque quase todas são com gelo e nada aconselháveis. MAS note-se que tem vindo a diminuir. Não posso viver com essa preocupação constante, já comi saladas e já bebi bebidas com gelo, depende dos sítios e da higiene aparente…” 4º dia actualizado hoje
“Primeira manhã foi dormir até mais não depois demos uma volta nas avenidas principais, junto ao Polana (o hotel mais famoso 5 estrelas de Moz - que está em obras este Verão) Shopping.” 1º dia
“A cidade está toda esburacada é muito curioso. Explicou-me hoje o Sérgio por exemplo que as tampas de esgotos foram todas retiradas porque diziam Lourenço Marques e não foram repostas até agora. Está tudo bastante degradado, e há muito lixo pelo chão. Mas há uma magia claramente nisto tudo. As avenidas são grandes e arejadas, as pessoas juntam-se nas ruas, e o os vendedores de ruas alegram os espaços com todo o tipo de artesanatos, estatuetas, colares, brincos, capulanas, etc… Vou levar a mala cheia de coisas vai ser top.” 2º dia. Entretanto já comprei duas capulanas!!
“Já comprei cartão moçambicano no meio da rua com 5 vendedores à volta, é tudo negociável claro! Foi de rir. Entretanto também já o perdi, e pedi que o novo batalhão me trouxesse um desbloqueado e já comprei outro cartão, aliás bem mais barato. O primeiro paguei 90 meticais, agora este custou 50 meticais. Lá está tudo se negoceia!!” 1º dia revisto e actualizado hoje
“Ao Domingo a cidade pára, não há muito para ver.” domingo
“O mais engraçado é como se fazem todo o tipo de vendas no meio da rua. Em cima dos caixotes estão meia dúzia de coisas e se ficares a olhar uns segundos aparece logo o responsável para negociares.” 2º dia
“Na última semana já nos juntámos com uns portugueses de cá, e o relato das suas experiências cá é muito curioso porque já absorveram mesmo a “qualidade de vida” (ou o que eles acham ser…) e que inclui ter empregados, negociar tudo, ser considerados os maiores, vida social, etc… Muitas vezes já me pus a pensar que há um paradoxo. Cá reclamam muito que os líderes e o governo não gostam dos portugueses e que os querem fora mas embora isso seja verdade isso valida a sua arrogância em quase tudo, ora o que é causa ou é consequência, não sei distinguir muito bem. Mas uma coisa é certo eles adoram isto, mas a sua revolta é também muito grande, embora silenciada, senão as portas ficam abertas para o exterior” 2º dia actualizado hoje
“A última semana fomos sair todos os dias excepto domingo e segunda. O André levou-nos a jantar, e a conhecer imensos sítios diferentes. O Gil Vicente, o primeiro bar a que fomos foi muito engraçado porque enquanto a cidade parecia fantasma lá dentro havia karaoke, música ao vivo, uma animação que só visto. De rir… Quanto a bebidas, há sempre algum receio porque quase todas são com gelo e nada aconselháveis. MAS note-se que tem vindo a diminuir. Não posso viver com essa preocupação constante, já comi saladas e já bebi bebidas com gelo, depende dos sítios e da higiene aparente…” 4º dia actualizado hoje
Casa
Chegados finalmente os restantes voluntários no último Sábado à noite começou a paródia/festa. Somos agora 14 pessoas numa moradia com 4 quartos, 1 sala, uma cozinha e uma salinha de pequenos-almoços e uma grande varanda à volta de toda a casa. Além disso temos ainda uma zona com mesa de snooker com bar. A casa foi a primeira que eu, o Sérgio e a Marina vimos. Na altura ficamos convencidos mas não totalmente. Continuámos à procura mas vimos cada casa tonta que uns “agentes imobiliários” à pressão nos desencantavam, de rir acabei por conhecer Maputo em viagens via imobiliárias. Ainda melhor é que a renda é baixa e inclui (mesmo que não quiséssemos) temos uma cozinheira e duas auxiliares e guarda 24h.
Toda a gente gostou, recebemo-los com uma festa e deitamo-nos tardíssimo. De rir a confusão que em poucas horas a nossa casa ficou. Até agora é ponto assente que algumas meninas se deitam cedo, e eu, a Marina e os rapazes ficamos a fazer barulho até tardíssimo.
Por falar em tardíssimo, eu ando a dormir pouquíssimo! Não sei bem o que se passa mas a realidade é que me deito tarde, depois acordo cedo e fico impecável todo o dia… Claro que por vezes tenho momentos mais mortos mas regra geral sou uma tagarela, sempre bem disposta, meia tonta de felicidade e ainda durmo pouco…
Toda a gente gostou, recebemo-los com uma festa e deitamo-nos tardíssimo. De rir a confusão que em poucas horas a nossa casa ficou. Até agora é ponto assente que algumas meninas se deitam cedo, e eu, a Marina e os rapazes ficamos a fazer barulho até tardíssimo.
Por falar em tardíssimo, eu ando a dormir pouquíssimo! Não sei bem o que se passa mas a realidade é que me deito tarde, depois acordo cedo e fico impecável todo o dia… Claro que por vezes tenho momentos mais mortos mas regra geral sou uma tagarela, sempre bem disposta, meia tonta de felicidade e ainda durmo pouco…
Negócios
Finalmente apanho internet (a última semana foi caótica)- Este post foi escrito há um tempo, talvez quarta feira, desculpem só publicar agora.
Ora como já todos sabem, aqui tudo é negociável! Desde a nossa busca a casas, cartões de telemóvel, suborno de polícias tem sido constante.
Eu vim com mais duas pessoas uma semana antes do grupo com o intuito de encontrar casa, assinar protocolos, enfim preparar a chegada dos outros. Temos visto de tudo, mas não é fácil uma casa grande, barata, para 14 pessoas e para só dois meses. Provavelmente vamos ficar na primeira que vimos, mas temos ido a todas. Desde apartamentos altos com grandes vistas, a apartamentos foleiríssimos que uns porteiros nos arranjam temos visto de tudo. É cada história hilariante sobre os proprietários, as negociações, etc.
Até já tivemos um porteiro de outros anos, que o Sérgio conhecia, a fazer-se de agente imobiliário, que figura. Vamos ver se vos consigo explicar quem são os porteiros: senhores iletrados que mal nos sabem falar, sentados em cadeiras apáticos, que não guardam nada mas a quem chamam guardas.
Enfim toda a comunidade já se mobilizou para nos arranjar casa. A certa altura já tivemos que recusar agentes.
Bem mas são esquemas escandalosos para extorquir dinheiro, o André que mora cá há imenso tempo lá deixou uns 2000 meticais para nos deixarem ir sem multa à falta de um selo qualquer. “Tudo (ainda) se resolve entre nós”
Ora como já todos sabem, aqui tudo é negociável! Desde a nossa busca a casas, cartões de telemóvel, suborno de polícias tem sido constante.
Eu vim com mais duas pessoas uma semana antes do grupo com o intuito de encontrar casa, assinar protocolos, enfim preparar a chegada dos outros. Temos visto de tudo, mas não é fácil uma casa grande, barata, para 14 pessoas e para só dois meses. Provavelmente vamos ficar na primeira que vimos, mas temos ido a todas. Desde apartamentos altos com grandes vistas, a apartamentos foleiríssimos que uns porteiros nos arranjam temos visto de tudo. É cada história hilariante sobre os proprietários, as negociações, etc.
Até já tivemos um porteiro de outros anos, que o Sérgio conhecia, a fazer-se de agente imobiliário, que figura. Vamos ver se vos consigo explicar quem são os porteiros: senhores iletrados que mal nos sabem falar, sentados em cadeiras apáticos, que não guardam nada mas a quem chamam guardas.
Enfim toda a comunidade já se mobilizou para nos arranjar casa. A certa altura já tivemos que recusar agentes.
Bem mas são esquemas escandalosos para extorquir dinheiro, o André que mora cá há imenso tempo lá deixou uns 2000 meticais para nos deixarem ir sem multa à falta de um selo qualquer. “Tudo (ainda) se resolve entre nós”
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Chegada a Maputo
O voo foi uma chatice. Por ser de dia foi um pouco massacrante. Depois de almoço fecharam-nos as janelas e puseram-nos a ver 3 filmes seguidos, já estava a ficar maluca!
Chegámos a Maputo às 22h30 mais ou menos. O aeroporto mínimo tinha dois aviões privados e o nosso. Ficámos um tempo à espera na fila dos passaportes, e para ter a certeza que já não estava em área internacional eis que me deparo com uma grande fotografia do Presidente de Moçambique Guebuza. Acho mesmo curioso, estes exibicionismos pessoais meios autocráticos, enfim... Uma vez cá são constantes os relatos sobre a ditadura que se vive.
Lá passámos com os nossos vistos e na zona de recepção das malas já estavam lá as famílias e amigos todos à espera das pessoas. Passámos a uma divisão pequena com apenas uma passadeira para as malas e mal as víamos – era tanta gente encostada à passadeira a tirar malões e embrulhos enormes, e do outro lado os “bagageiros” a ver quem quer ajuda e outros a gritar pelo nome de pessoas a entregar passaportes e vistos meio à toa… de rir.
Fomos recebidos por um Português o André Nogueira – que está em Moçambique há seis anos, tem uma consultora e é investidor cá, também estudou na Universidade Nova e depois esteve em LSE (London School of Economics), tem 39 anos e é casado com uma Moçambicana – e o seu filho, de dois anos e meio, chamado Tiago que estava sentado no banco da frente sem cinto e depois foi no nosso colo… Ele tem um apartamento (T3) todo jeitosinho na cidade e disponibilizou-nos um quarto com 2 colchões de casal e pôs-nos o mais à vontade possível. Impecável!
O André ainda nos deu de jantar e eis que se aprendem as primeiras lições. O André tirou do frigorífico para ele uma costeleta e arroz que tinha algumas mini formigas e aranhas, aqueceu, e comeu normalmente (estranho…). Nós comemos uns ovos estrelados e bacon feitos por nós, mais normalzinho, sem bichos (já tínhamos “jantado” no avião)!
Tivemos até tardíssimo a falar! Ele é interessantíssimo! Falou-se de política, economia global e Moçambique, de tudo um pouco…
Bem mas não posso deixar de dizer o que achei de Maputo no percurso a casa, 20 minutos! Estava tudo muito escuro e pouco iluminado mas vislumbrava-se mal uma grande extensão de barracos e barracas. Vi mal mas devia ser um pouco assustador. Ao chegar à cidade pela rua das embaixadas é o oposto – mansões umas a seguir às outras.
Chegámos a Maputo às 22h30 mais ou menos. O aeroporto mínimo tinha dois aviões privados e o nosso. Ficámos um tempo à espera na fila dos passaportes, e para ter a certeza que já não estava em área internacional eis que me deparo com uma grande fotografia do Presidente de Moçambique Guebuza. Acho mesmo curioso, estes exibicionismos pessoais meios autocráticos, enfim... Uma vez cá são constantes os relatos sobre a ditadura que se vive.
Lá passámos com os nossos vistos e na zona de recepção das malas já estavam lá as famílias e amigos todos à espera das pessoas. Passámos a uma divisão pequena com apenas uma passadeira para as malas e mal as víamos – era tanta gente encostada à passadeira a tirar malões e embrulhos enormes, e do outro lado os “bagageiros” a ver quem quer ajuda e outros a gritar pelo nome de pessoas a entregar passaportes e vistos meio à toa… de rir.
Fomos recebidos por um Português o André Nogueira – que está em Moçambique há seis anos, tem uma consultora e é investidor cá, também estudou na Universidade Nova e depois esteve em LSE (London School of Economics), tem 39 anos e é casado com uma Moçambicana – e o seu filho, de dois anos e meio, chamado Tiago que estava sentado no banco da frente sem cinto e depois foi no nosso colo… Ele tem um apartamento (T3) todo jeitosinho na cidade e disponibilizou-nos um quarto com 2 colchões de casal e pôs-nos o mais à vontade possível. Impecável!
O André ainda nos deu de jantar e eis que se aprendem as primeiras lições. O André tirou do frigorífico para ele uma costeleta e arroz que tinha algumas mini formigas e aranhas, aqueceu, e comeu normalmente (estranho…). Nós comemos uns ovos estrelados e bacon feitos por nós, mais normalzinho, sem bichos (já tínhamos “jantado” no avião)!
Tivemos até tardíssimo a falar! Ele é interessantíssimo! Falou-se de política, economia global e Moçambique, de tudo um pouco…
Bem mas não posso deixar de dizer o que achei de Maputo no percurso a casa, 20 minutos! Estava tudo muito escuro e pouco iluminado mas vislumbrava-se mal uma grande extensão de barracos e barracas. Vi mal mas devia ser um pouco assustador. Ao chegar à cidade pela rua das embaixadas é o oposto – mansões umas a seguir às outras.
Acesso a Internet
Ola a todos
Esta primeira semana como andamos a procura de casa ainda nao instalamos a internet, e nem temos tido tempo de aceder nos cafes. Confesso que a minha carencia e dependencia da net ja e acentuada!!! Eu ja escrevi posts sobre a vida ca mas ainda nao os pude publicar. Vou tentar faze-lo hoje a noite. Nao o faco agora porque viemos inesperadamente a um cyber cafe e nao trago na pen os meus posts\diario...
Entao dou-vos noticias muito rapidas:
-Estamos a ser muito bem recebidos por um portugues
-Ja encontramos casa para o grupo que chega no sabado
-Ja andamos a conhecer a cidade
Mas...
Maputo\Moz e um mundo novo que ainda ando a explorar!. E tudo muito diferente! Vou comprar imensa coisa para levar para ai!
Conclusao ESTOU A ADORAR! Esta semana tambem e muito particular porque e tudo novidade e somos pouquinhos mas isto promete ser uma experiencia girissima
Desculpa nao escrever mais, ja so tenho 3 minutos que sobram aqui no cyber cafe. Hoije a noite ou amanha vou tentar post o que ja escrevi sobre a aventura
Beijo
ps. escrever sem acentos nenhuns e mesmo dificil, ler tambem sera, desculpem...
Esta primeira semana como andamos a procura de casa ainda nao instalamos a internet, e nem temos tido tempo de aceder nos cafes. Confesso que a minha carencia e dependencia da net ja e acentuada!!! Eu ja escrevi posts sobre a vida ca mas ainda nao os pude publicar. Vou tentar faze-lo hoje a noite. Nao o faco agora porque viemos inesperadamente a um cyber cafe e nao trago na pen os meus posts\diario...
Entao dou-vos noticias muito rapidas:
-Estamos a ser muito bem recebidos por um portugues
-Ja encontramos casa para o grupo que chega no sabado
-Ja andamos a conhecer a cidade
Mas...
Maputo\Moz e um mundo novo que ainda ando a explorar!. E tudo muito diferente! Vou comprar imensa coisa para levar para ai!
Conclusao ESTOU A ADORAR! Esta semana tambem e muito particular porque e tudo novidade e somos pouquinhos mas isto promete ser uma experiencia girissima
Desculpa nao escrever mais, ja so tenho 3 minutos que sobram aqui no cyber cafe. Hoije a noite ou amanha vou tentar post o que ja escrevi sobre a aventura
Beijo
ps. escrever sem acentos nenhuns e mesmo dificil, ler tambem sera, desculpem...
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